quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

#006 As Aventuras de Tintim


As Aventuras de Tintim

Talvez esse fosse um dos filmes mais esperados por mim, afinal, eu vivi na época de Tintim na televisão ainda, era voltar ao passado, em especial, minha infância. E de quem era a idéia fazer o fabuloso filme? Spilberg e Jackson, ou seja, além de retornar a minha infância, reunia ainda dois grandes diretores, que me fizeram babar em Jurassic Park e Senhor dos Anéis.
Para quem não sabe, Tintim é um jovem repórter que adora desvendar mistérios e noticiar sobre eles. Quando vai comprar um navio, é perseguido por um homem que guarda um segredo sobre aquele objeto. A partir daí, Tintim começa a aventura, com seu cachorro Milú, encontrando o Capitão Haddock e outras partes do enigma.
Tintim não tem um carga dramática, ou um roteiro bonito e sentimental como os filmes da Pixar, ainda assim, consegue se igualar, é um filme sensacional,  é inegável dizer o realismo que essa obra de animação traz (por conta do Captura de Movimento)!! Diferentemente do outro detetive (um tal de Sherlock Holmes), esse aqui é emoção e ação pura, por conta do som (nao ser indicado ao oscar foi dose ¬¬), a trilha sonora do maestro e rei John Willians (quantas indicações no oscar?? Incontáveis), além de um roteiro ágil e cômico, a direção com jogo de câmeras e a montagem interligando as cenas geralmente via um objeto.
As cenas no navio e em Bakkar são as melhores do filme!! Uma bem ágil e demonstrando toda a esperteza do protagonista e apresentando o Capitão Haddock, a outra em todo um plano sequencia com jogo de câmera, em que esta se movimentava (quase que numa coreografia) por todo o cenário acompanhando os movimentos dos personagens no apresentando diversos momentos engraçados e frenéticos, com a queda da água causa por Haddock e a faixa de um hotel em cima (!!) de um tanque de guerra.
Outra bela cena que não devíamos esquecer é o precioso uso da montagem quando o capitão, meio sóbrio, meio bêbado, vai lembrando do passado. Nesta cena, o passado se mistura com o presente e todo o movimento feito pelo Haddock do passado é refeito pelo Haddock do presente e vice-versa, aqui os cuidados na montagem e no uso da câmera foram maravilhosos, já que todos os movimentos deviam estar de acordo tanto lá (no passado), como cá (no presente).
Em um ano triste para a animação, onde a Pixar se saiu mal e a Dreamworks triunfa com duas animações bem fraquinhas, ter desconsiderado Tintim para Oscar de animação foi de um pesar enorme. É sem duvida nenhuma um dos melhores filmes de 2011 e que devia ser lembrado como uma obra prima e uma evolução na técnica de captura de imagens, o que torna bem realista e mais expressivo
Cotação: 5/5

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