quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

#001 Séries: Community

Community é uma serie de comédia do canal NBC, criada por Dan Harmon, que narra o cotidiano na escola comunitária de Greendale, focado inicialmente em 7 estudantes, encabeçado pelo advogado Jeff (Joe McHale) que monta um grupo de estudo de espanhol apenas para paquerar Britta (Gillian Jacobs). Porém, outros estudantes aparecem,  Abed Nadir (Danny Pudi), um estudante de cinema muçulmano, Shirley Bennett (Yvette Nicole Brown), uma mãe recentemente divorciada frequentando a faculdade pela primeira vez, Troy Barnes (Donald Glover), ex-quarterback no ensino médio, e Annie Edison (Alison Brie), uma nerd certinha que tem uma paixão não-correspondida por Troy desde o colegial. 

Logo de cara, Community nos presenteia um piloto, que apesar de nao estar no mesmo nivel da série, torna-se inesquecivel, uma singela e honesta homenagem ao rei das comédias adolescentes e jovens, John Hughes (Clube dos Cincos, Curtindo a Vida Adoidado), com varias referencias aos seus filmes, inesqueciveis em nossa juventude.

Referencias é uma palavra que define bem Community, afinal a série faz referencias a tudo, cinema, musica, historias em quadrinhos, jogos (tem um episódio inteiro só eles jogando Dungeons & Dragons ) e outras nerdices. Sim, Community é uma série nerd, diferente da tao conhecida The Big Bang Theory e ate digo mais superior, pois ultrapassa todos os limite entre o roteiro e suas nerdices, sendo capaz de incorporá-las no roteiro por inteiro.

E o que dizer de um roteiro tao mutável! Parece um camaleão, não importa qual seja o gênero, Community sempre se sai bem. Nessa série que é rotulada de comédia, tivemos episódios de faroeste, zumbis, jogos (o D&D lá), stop-motion (todos os personagens viram stop motion), animação, Star Wars, gangster, pulp fiction... São tantas que se torna impossível listar todas aqui. Roteiro é extremamente flexível, os atores também, isso ajuda bastante no decorrer da série.

Elenco primoroso, um melhor que o outro, porém, vale a pena destacar Danny Pudi. Não foi um, dois, ou três episódios, mas quase todos, Abed rouba a cena. O cara estranho, que acredita que sua vida é um filme (e inclusive um episodio da serie foi em stop motion), o nerd propriamente dito, observador e cheio de referencias a pulp fiction, Danny conseguiu dar luz a um personagem bem complicado, afinal, Abed mas se parece um robô, com sentimento pré cozidos para alguns fatos (visivelmente quando ele se poe como Han Solo no episodio de Star Wars e no fim do episodio, ele volta a ser o Abed). Seria um Sheldon mais simpático e menos falador, mais observador.

A cada temporada Community tende a melhorar, devido ao roteiro mutante para diversos temas, as inúmeras e bem elaboradas referencias, ao elenco carismático e flexível (tem que ser) e aos personagens cada vez mais loucos e apaixonantes. Community tem tudo para redefinir um novo estilo de serie, uma serie nerd voltada para nerds e, a Dan Harmon, meus parabéns.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Cinema e Afins

Apartir do dia primeiro, estarei fazendo contagens dos filmes que verei no ano, espero passar de 100 filmes, o que considero uma marca ate grande, ja que boa parte do tempo estou na universidade me impossibilitando de ver filmes!!! Falarei tambem dos filmes esperado para 2012 e espero assistir muitos deles!!!

No final, listarei um ranking dos filmes preferidso qe vi em 2012 e irei por apenas filmes ineditos que assisti no ano!!!

Enfim é isso!!! Feliz 2012 para todos!!!

domingo, 6 de novembro de 2011

Liberdade & Segurança

Em 1971 Stanley Kubrick lança Laranja Mecanica, filme adaptado da obra-prima de Anthony Burguess. O filme narra as atrocidades de Alex de Large e seus druguinhos numa Inglaterra futurista, em meio a estupros, velocidade alta e violência fisica contra mendigos, rivais e velhos. Após um acidente, que terminou na morte de uma idosa apaixonada por gatos e arte obscena, Alex é preso por homicídio e após dois anos é liberado para se submeter ao tratamento Ludovico.

E aqui chega ao ponto que queremos, o Tratamento Ludovico, que consiste em obrigar seus pacientes, sob efeitos de drogas, assistir a cenas fortes de violência, estupro e assassinato, com o objetivo de fazer a pessoa ter nojo, consequentemente, não realizar nenhum desses atos. Assim, Alex passa por todo esse processo, chegando no fim, apresentando-se a varias pessoas, como policiais, padres, governo e os médicos, realizando um pequeno teste para provar a eficaz do tratamento. Conclusão, Alex se torna um animal dócil, incapaz de machucar ninguém!

Viva! Tratamento maravilhoso esse. Com apenas 2 semanas (um pouco mais), e alguns videos violentos, você consegue tornar uma pessoa má caráter (determinada pela sociedade) em uma pessoa boa caráter (determinada pela sociedade). E promovendo essa mudança de caráter, torna a sociedade mais segura e livre! Esta é a solução para a segurança no mundo.

Otimo, agora vamos usar, mesmo que pequena, a nossa racionalidade! De fato, é a solução da segurança para o mundo? Onde entra o livre arbítrio? A liberdade de escolha? Até onde o tratamento sera utilizado em prol da sociedade, e nao contra ela? Então, você que ler esse texto, deve estar batendo no teclado e rindo, mas o Ludovico e ficcional, não existe! Será mesmo?

40 anos depois, no Brasil, o Ludovico pode ser considerado, além da sociedade, a nossa Policia Militar, que utilizando da violência e torturas, tenta erradicar a violência (violencia erradicando violencia? Essa é a logica) no país. E o mais temível, a utilização da PM contra a própria sociedade em favor do Estado (vulgo governo). Afinal, matar e violentar são atos que, por unanime, a sociedade desaprova, porém, atos como protestar, refletir e lutar pelos direitos, como são julgados? Bons atos, ou maus atos?

Pode parecer, visto rapidamente, que a Policia de fato é sinonimo de segurança, assim como o Ludovico, mas com atitudes vistas hoje, analisando profundamente os casos, a policia, como sistema de segurança, apresenta diversas falhas, que mais assustam, do que te deixam em seguro! Afinal, quem nunca teve medo de andar a noite pelo centro da sua cidade?

Para começar, violencia e tortura nao erradica violencia. Assim como no Ludovico, em que a tortura visual (assistir filmes com cenas explicitas de assassinato, estupro e violencia, ao meu ver é uma tortura visual) nao resolvia o problema de Alex, por simplesmente ele ainda ter um desejo de realizar seus atos, e realizara assim que possível, como visto no filme. Os atos da policia, muitas vezes, gera mais violencia. Matar e bater, causando um terror numa parcela da sociedade (pobres e negros, em sua maioria, vivendo nas favelas) não é solução, muito menos assegura a segurança, pois, como no caso famoso da Chacina da Candelária, que apenas gerou mais revolta no garoto Sandro, que tempos depois, protagonizou o Ônibus 174. 

E se você é um dos que concordam com os atos da policia (violentar e torturar, se possível, matar), e é apoiador da causa, bandido bom é bandido morto, volto novamente ao filme Laranja Mecânica, que retrata como a sociedade recebeu Alex, e pasmem (pra quem não viu o filme) ela utiliza dos meus atos do protagonista. Ou seja, olhe pro seu umbigo, talvez você seja tao bandido como aquele que a policia prende, a diferença é que você não é negro nem pobre (ok, eu sei que a policia não prende só negros e pobres, mas todos sabemos, ou devíamos saber, que é a maioria).

Ja nao vivemos na ditadura, propriamente dita, mas de vez ou outra, observamos atos da policia impedindo protestos (como em Teresina) e atos contra o governo, por simplesmente o Estado desaprová-los. Assim, o tratamento, ou, o sistema que serviria para proteção e segurança, é utilizado como ferramenta para impedir o livre arbítrio e a liberdade (não libertinagem, volta quando era criança que a professora perguntava a diferença entra as duas) de pessoas na sociedade.

Mas ai vem a dúvida cruel, infelizmente, nao respondida no filme. Como garantir a liberdade & segurança na nossa sociedade? Reestruturando nossa ferramenta de segurança, a policia seria um bom começo, afinal, os policiais estão sujeitos a morte diariamente, são ignorantes (no sentido de não possuírem as informações, que nós, estudantes, possuímos), salario ridículo (em SP com um pouco mais de 1400 reais), mal treinada e desqualificada. Alem disso, melhorias na estrutura educacional e estrutura urbana são fatores essenciais para toda sociedade.

O que acontece atualmente na USP é justamente isso. Ninguém ali é contra a segurança, mas todos temem a policia, não por deverem para a lei (como muitos ecoam atualmente a frase, quem não deve não teme), mas por perderem a liberdade de se expressar, protestar e realizar atos, por perderem a expressão do livre arbítrio  baseado em fatos do passado, em que a policia ja entrou (no ano de 2007 e 2009) para reprimir protestos e greves, direitos assegurados para o trabalhador. Medo maior de, quem sabe, terminar como um Alex, indefeso e vulnerável perante ao Estado.

Fazer parte da elite intelectual brasileira nao lhe torna inteligente se ainda opina utilizando do senso comum. Pense, reflita, seja racional! 


domingo, 16 de outubro de 2011

A Nova Safra de Diretores



Não tao nova assim, mas que em poucos filmes, ja possuem obras-primas.

meus exemplos: 
Paul Thomas Anderson: Com Boogie Nights e Sangue Negro, diretor desta nova geração com essas 2 obras-primas, ganhou um oscar de melhor roteiro por Boogie Nights. Foi criador do famoso programa Ghoulardi, de filmes B de horror dos anos 60. Nasceu no dia 26/06/1970

Cristopher Nolan: Depois de ter feito um filme que pouco rendeu, Following, Nolan faz seu primeiro filme de sucesso, Amnesia com Guy Pearce. Volta com Insonia e um grande elenco, Al Pacino e Robin Willians. Porem, mostrou sua audacia ao aceitar renovar a serie Batman. Daqui saiu sua obra prima, Batman o Cavaleiro das Trevas. Nasceu no dia:03/07/2010

Darren Aronofski: De cara seu primeiro filme ja é uma obra prima. Pi deu a Darren o premio de melhor diretor no festival de Sundance. Depois de Pi, nos enloqueceu e nos deprimiu com Réquiem para um Sonho e Fonte da Vida. Trouxe de volta ao cinema o astro Mickey Rourke no filme O Lutador. Nasceu no dia: 12/02/1969

Coen: Joel e Ethan Coen. Simplesmente seus filmes sao excentricos, com finais altamente criativos e non-sense. Fargo, Onde os Fracos nao tem Vez e o Um Homem Serio seja seus grandes filmes do cinema. Joel nasceu em 29/11/1954, e Ethan nasceu em: 21/07/1957.

Jason Reitman: Seus filmes tem algo de especial. O sarcasmo pessimista que encontramos em Obrigado por fumar, e no seu novo filme Amor sem Escalas, talvez os seus dois melhores filmes. Nasceu no dia 19/10/1977, o mais novo da safra, filho do Ivan Reitman (Ghostbusters).

David Fincher: Vindo dos videoclipes, David Fincher conseguiu status nessa safra ao fazer o thriller Se7en, com Brad Pitt e Morgan Freeman. Em 1999, repetiu a dose com Pitt no filme Clube da Luta, onde amadureceu seu estilo, trouxe polemica pelo conteudo do filme. Zodaico e Curioso caso de Benjamin Button foram seus proximos filmes. Atualmente esta em A Rede Social, sobre o facebook. Nasceu no dia 28/08/1962. 


Todd Solondz: Criticado por muitos, amado por outros. Diretor que mostra em seus filmas a raiva pela humanidade, realizando um cinema altamente depressivo e pessimista. Com Bem vindo a Casa de Bonecas, Solondz mostrou seu talento no cinema pessimista. Depois fez a sua obra-prima Felicidade, ganhador do Cannes. Nasceu no dia 16/10/1959.

Sam Mendes: Seu primeiro filme ganhou de cara 5 oscars, entr eles melhor diretor, filme e roteiro. Beleza Americana é sua obra prima, e o filme que mostrou o que viria a ter ainda pela filmografia de Mendes, filmes ironicos e pessimistas, entre ele Foi Apenas um Sonho e Estrada para Perdição. Nasceu no dia 01/08/1965.

Quentin Tarantino: Excentrico, louco, genio, mestre, foda, frio, sarcastico, irônico, estranho. Suas características sao caracteristicas de seus filmes, que alem disso tudo, possui muito sangue briga. Pulp Fiction e Bastardos Inglorios, obras primas. Tarantino nasceu em 27/03/1963.

E muitos outros

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Protestos em Teresina - Pi #ContraOAumento

No dia 27/08/2011, o prefeito Elmano Ferrer, da capital do Piaui, Teresina, assinou o aumento da passagem de onibus, antes, 1,90, para 2,10. Comparado as demais capitais do Brasil, pode ate parecer um preço normal, mas, diante toda a péssima infra-estrutura do transporte publico de Teresina, se torna caríssimo. Não há um projeto de integração, pessimas paradas de onibus, muitas sem acento e varias desgastadas (o que ja causou mortes), onibus velhos e sem estrutura. Há pessoas que chegam a pegar mais de 3 onibus por dia, por causa das distancias e dos pequenos trajetos do onibus, além do calor e das altas temperaturas na cidade, que ajuda a prejudicar o cotidiano dos cidadãos.
Protesto
Fonte: 180 Graus

Pois bem, na segunda feira, estudantes secundaristas e civis de lutas tomaram as ruas e avenidas mais importantes para o protesto contra o aumento da passagem. Teresina, que nunca sentiu na pele atos como este, se assustou ao ver o poder que estudantes e a sociedade tem. O prefeito, temendo isso, enviou o RONE, policia militar especial, para combater (e nao dar segurança) os protestos. O que vimos então foi uma guerra, spray de pimenta, balas de chumbinho, e socos por lao dos policiais, por outro, os estudantes quebravam onibus jogando pedras no vidro, em apoio ao protesto, e ovos nos policiais e no SETUT, empresa de transportes em Teresina.

A vergonha maior esta na violencia causada pelos policiais e na tentativa de censura provocada pela prefeitura. Este video embaixo demonstra bem isso, parece ser ambientado na ditadura, mas nao, aconteceu em Teresina, ontem. Diversos policiais batendo, socando e arrastando pelo chao os estudantes:

E para piorar a situação, o presidente do SETUT ironiza e solta uma perola: "Se a pessoa não gosta do supermercado você deixa de comprar no supermercado. Se ele não está gostando do sistema de ônibus que ele procure outro meio de transporte e não ficar depredando o patrimônio. Qualquer manifestação é legítima. Agora não pode é virar vandalismo.", um descaso total com a população, chamando os estudantes de vândalos.
O prefeito, trata com naturalidade e afirmou que nao irá revogar, muito menos congelar o valor da passagem.
Algumas fotos do protesto que desde de segunda nao para, e nao deve parar! #ContraOAumento já.

obs: A hashtag foi vice nos TTs e o site da SETUT foi hackeado de segunda para terça. Peço que divulguem o texto e as fotos da covardia que estao cometendo contra os estudantes. Esta uma ditadura na cidade!




















Foto vergonhosa essa, estudantes manifestantes
 sendo tratados como bandidos

segunda-feira, 25 de julho de 2011

#004 Felicidade (1998)

Se tem uma coisa que me satisfaz no cinema é assistir a um filme repleto de humor negro que ironiza e critica uma sociedade. Beleza Americana, que apesar de não ter tanto humor negro assim, é um bom exemplo, mas se torna pequeno e fraco após ver a obra prima de Todd Solondz.

O diretor ja mostrava suas garras 3 anos antes, em Bem Vindo a Casa de Bonecas, quando, com humor negro peculiar, analisava o bullying, numa epóca em que isto nao era "moda". em 1998, lança Felicidade, e com o mesmo humor negro impreguinado no filme anterior, destruindo todo o otimismo lançado sobre a sociedade americana, mas facilmente expandida para qualquer uma.

A historia é divido em nucleos que se interligam. Temos Joy (Jane Adams), uma garota que sonha encontrar o principe, suas irmãs Trish (Cynthia Stevenson) e Helen (Lara Flynn Boyle), a primeira tem dois filhos com o pedófilo Bill (Dylan Barker), a segunda, uma escritora vivendo uma época sem criatividade. Paralelamente, Kristina (Camryn Manhein) que nao gosta de sexo, é apaixonada pelo solitário Allen (Philip Seymour Hoffman),  que possui disturbiso sexuais.

Cada personagem com seus problemas, cada um a procura de ser feliz, ao seu modo. Vemos a felicidade, mesmo que momentanea, quando Joy sai com um homem que lhe protege de acusações de grevistas, Kristina sai com Allen e este se encontra com Helen. E mesmo que a felicidade esteja escondida no mais cruel dos atos, como os do pedófilo Bill, ou ate mesmo seja fantasiosa, como a de Trish, o filme vai montando uma teia interessante, analisando cada caso de felicidade.

A pergunta é: Seria possivel encontrar a felicidade absoluta, a felicidade suprema. Solondz usa os personagens nesse experimento para concluir que não, e sim que a felicidade é momentanea e causada pelo prazer que algo nos dar, podendo ser o mais simples, como o primeiro gozar de um pre-adolescente, ou mais cruel como abusar de uma criança. E é justamente na cena, que os dois personagens que protagonizam tais felicidade de forma totalmente oposta, que a marca do diretor aparece.

Em uma conversa, entre o pai pedofilo e seu filho, o diretor se livra de todo pre-conceito que podia ter e simplesmente permite que um pedofilo possa responder a questões que nós fariamos, representado por uma criança. Por mais cruel seja a metafora que faço, essa cena é como um gato estivesse explicando para um rato (ou passarinho) porque deve caçá-lo. As atuações são incríveis e, além do roteiro, responsáveis pelo climax gerado na cena, que possui cortes alternando nos focos do pai e da criança, deixando os atores se expressarem ao máximo e tornando mais humano a cena. Uma das melhores cenas do cinema!!!!

O filme brinca (lê-se, a partir de um humor negro, ironiza e ridiculariza) pessoas normais com seus problemas, cenas como uma trilha sonora alegre, representando a felicidade Joy ao passar pelos grevistas furiosos, ou ate em cenas mais fortes, como no estupro (isso mesmo) de Kristina e o derradeiro final da cena, e de Allen, passando de assustador tarado para um bobão perto de Helen e diversas outras, protagonizadas pelo filho de Bill.

Reger com maestria cenas comicas envolvendo assuntos perigosos e, principalmente, machucar feridas da sociedade, em especial a americana, mas como dito antes, aplicavel a qualquer sociedade, é a especialização de Todd Solondz e é justamente aqui em Felicidade que ele usa e abusa disso. Perfeito, obra prima!


Direção: Todd Solondz
Elenco: Jane Adams, Cynthia Stevenson, Lara Flynn Boyle, Philip Seymour Hoffman, Dylan Baker

domingo, 24 de julho de 2011

#003 Get Low - Segredos de um Funeral

Um funeral. Uma festa de funeral. Uma festa de funeral com o anfitrião vivo e presente. Get Low - Segredos de um Funeral no mínimo pode ser considerado curioso pela sinopse apresentada. Mais ainda pelo elenco de grandes nomes e atuações. Estamos falando de Robert Duvall, Bill Murray, Sissy Spacek, Bill Cobbs e outros que compõem o estrelato. Já se soma dois argumentos para você assistir. Mas cinema não vive só de sinopse e atores/atrizes e, felizmente, confirmo que Get Low - Segredos de um Funeral vai muito alem disso.

Baseado numa historia real, em que um homem, misterioso eremita, na década de 30, resolveu fazer uma festa de seu proprio funeral, quando ainda estava vivo, convidando todos aqueles que possuíssem alguma historia a seu respeito. 

Duvall interpreta o tal misterioso eremita, excelente, é dificil dar vida a um personagem que requer frieza, naturalidade e calma, mesclando com racionalidade e tristeza. Robert vai levando o personagem, passando por humor negro, drama e suspense, divertindo e emocionando o expectador. Bill Murray é outro que brilha. Interpretando o dono da agencia de funeral, um homem extremamente ganancioso que pretende realizar todos os desejos de Felix em troca de uma boa grana. Os demais coadjuvantes também estão bem. Sissy Spacek brilha como a simpática Mattie e Bill Cobbs, como o reverendo amigo de Félix.

Roteiro é excelente, mesclando o drama (vivido por Félix, em guardar um segredo), com o humor negro (de toda a situação gerada, já ser cômica) e  pitadas de suspense (de qual segredo seria). O personagem principal em si é uma figura e é ele próprio que costura todo o roteiro e os diálogos, situações como sortear a própria herança para os convidados e ser um velho rabugento e mimado perto de Murray, são traços do humor negro presente no filme. O drama se concentra no final e o suspense percorre todo o filme, representado pela trilha sonora e pela fotografia, meio amarelada e meio escura.

Enfim, o filme é brilhante, o visual ajustado para o suspense e muito bem dirigido por Aaron Schneider que soube focar bem nos atores e mesclar os generos, sem se tornar chato e inapropriado!

Direção: Aaron Schneider
Elenco: Robert Duvall, Bill Murray, Sissy Spacek, Bill Cobbs, Lucas Black.

sábado, 23 de julho de 2011

#002 Se Beber Não Case 2

ESTE TEXTO CONTEM SPOILERS, SÓ LEIA SE TIVER VISTO O FILME.

Não estava na minha cabeça assistir esse filme nos cinema. Sinceramente, estava esperando passar na TV, para ter a chance de vê-lo. Mas no dia, o tédio me corroía e meus queridos amigos resolveram me chamar para ver um filme. Marcamos então ver Se Beber Não Case 2.

Apesar de ter visto o primeiro filme e ter tido ate uma simpatia com ele, a realização de um segundo não me descia. E nem me desceu ao longo do filme. Não que o filme seja extremamente ruim, ou que seja pior que o primeiro, mas é pela simples repetição de tema e de piadas que rodeia o filme por inteiro, apesar que admito que a resolução do mistério, nesse filme, tenha sido melhor que no filme passado.

A aventura agora ocorre na Tailandia, Phil (Bradley Cooper), Alan (Zach Galifianakis) e Doug (Justin Bartha) são convidados para o casamento de Lauren (Jamie Chung) e Stu (Ed Helms), odiado pelo pai da noiva, que prefere ao irmão Teddy (Mason Lee). Numa noite, antes do casamento, Phil, Alan, Doug, Stu e Teddy saem para brindar e se divertirem. A partir daqui, você ja sabe o desenrolar do filme, no outro dia acordam sem saber de nada e perdem, dessa vez, Teddy, irmão da noiva.

E o filme vai se desenrolando, meio que forçado, aparecendo pistas do nada, como na barriga de Alan uma mensagem de encontro, ou numa sessão de meditação que o faz lembrar de uma parte da noite, enfraquecendo um pouco a comédia e inutilizando o suspense do filme.

O teor cômico do filme continua quase que o mesmo do primeiro, lembrando algumas cenas, como a simulação de masturbação em um bebê no primeiro filme, e neste, simulação de um penis ereto em um monge, e um macaco fazendo sexo oral. Além disso, cenas constrangedoras para o personagem, como o tamanho do penis do japonês, ou uma cena, ate bem desenvolvida, de um travesti que narra sobre a relação sexual com Stu.

Do elenco principal, Zach Galifianakis continua a ser o mais engraçado, ate porque seu personagem o força a isso, já que é o mais non sense, infantil (visto no começo do filme, em que o próprio diretor o transforma em criança literalmente) e divertido. Atenção especial para Paul Giamatti, que numa cena, consegue provocar risos sinceros. Além do macaco, que protagoniza uma das cenas mais hilárias, não pelo ambiente gerado, mas pela atuação canastra de Zach e do macaquinho.

E já que estamos falando de cenas cheias de canastrice, é justamente a cena que Mike Tyson aparece cantando que meu rosto corou de vergonha alheia. Canastrice tanto na atuação do lutador, quanto na sua voz, chegando a ser mais vergonhoso que qualquer outra cena do filme.

Gostei bastante da solução do problema, mas infelizmente não é o suficiente para dizer que o filme é ok. Teor machista alto, e nesse, aumentou cenas obscenas gratuitas, para se gerar um humor, que as vezes, mais causa vergonha alheia, do que um humor serio.

Direção: Todd Philips
Elenco: Bradley Cooper, Ed Helms, Zach Galifianakis, Justin Bartha, Sasha Barrese, Rachael Harris, Jamie Chung, Paul Giamatti



quinta-feira, 21 de julho de 2011

#001 Harry Potter e as Reliquias da Morte parte 2

ATENÇÃO ESSA CRITICA POSSUI SPOILERS, LEIA APENAS SE JA TIVER VISTO O FILME!!

Depois de 10 anos, termina uma das maiores sagas (em tempo mesmo), mais prestigiadas e bem feitas do cinema/literatura. Harry Potter terminou com um dos mais brilhantes capítulos da série, Harry Potter e as Reliquias da Morte parte 2.

O filme começa com o final da parte 1, Voldemort (Ralph Fiennes) roubando a varinha das varinhas no túmulo de Alvo Dumbledore (Michael Gambon). Ja nesse inicio, a montagem se mostra eficaz, com intercalações de fades, cenas do final da primeira parte, entre o trio Potter (Daniel Radcliffe), Rony (Rupert Grint) e Hermione (Emma Watson), e o furto da varinha. 

O visual continua típico, uma direção de arte extremamente fiel a criatividade da autora J.K.Rowling, fotografia se repete dos filmes anteriores, dando um tom mais esverdeado em cenas de teor mais sombrio, como o encontro entre Harry e Voldemort. Os efeitos especiais muito bem utilizados, sem estragar a estória e  devidamente postos nas cenas.

O filme é o mais ágil da serie, tendo nos primeiros minutos uma invasão ao banco de Belatriz para achar a horcruxes, escapando primeiro de objetos que se multiplicam ao toque e depois, fugindo, em dragões, de duendes. Toda essa agilidade é bem costurada pela montagem, que intercalando a cenas de ação que ocorrem ao longo do filme, agiliza a obra e não a deixa cansativa.

O elenco do filme continua sensacional. Alan Rickman e Michael Gambon, brilham cada um em suas cenas. Alan, como Snape, é o principal motivo para a emoção gerada na morte do personagem, alem de prosseguir psicologicamente (entende-se aqui, o iintrospectivo, frio, assustador e pensativo Snape) por toda a saga imutavel. 

Michael Gambon volta em uma das cenas mais reflexivas de toda a saga. Num diálogo entre Dumbledore e Harry Potter, uma das cenas mais lindas e expressivas do filme, e a unica cena (acredito que de toda a saga) com fotografia neblinada. Aqui, ha uma discussão sobre magia, sobre palavras e seus efeitos na sociedade, uma lição sobre escolhas.

Ralph Fiennes cria um vilão longe de estereotipos e clichês. Extremamente eficaz e por tras de uma excelente maquiagem (que ja merecia o oscar faz tempo) demonstra um controle sobre o personagem, transmitindo o sofrimento (após as destruições das horcraxes) e o prazer da vitória misturada com a realização (quando acredita ter matado Harry Potter), transformando assim, Voldemort, em um vilão bem desenvolvido, com uma psicologia, racionalidade e principalmente, um humano, e nao um monstro, como qualquer outro ator poderia transformar.

Mas, é David Yates o cara por tras da excelencia de Harry Potter.

Dirigindo a saga desde de A Ordem da Fenix, David so se aprimorou na saga, tornou-a extremamente adulta e finalizou excelente. Afinal, todo o filme é regido maravilhosamente bem, a trilha bem usada, expressando um pouco de saudosmismo em algumas partes. A intercalaçao de cenas entre de ação e as cenas aéreas (muito bem filmadas, algumas lmbrando Senhor dos Anéis, como a que Voldemort inicia o ataque e os bruxos lançam magia, similar às flechas dos elfos na obra de Peter Jackson), mesclando com pitadas de comedia (como a cena do Neville fugindo na ponte de um exercito temembroso de guerreiros de voldemort, ou a cena que Minerva fala "Sempre quis utilizar essa magica" após "recrutar" os guerreiros que protegem Hogwats) e de romance (aqui uma das cenas mais esperadas, o beijo entre Rony e Hermione, muito bem feito, sem melancolismo, depois da destruição de uma horcraxes, se beijam, provocado pela adrenalina gerada).

A saga termina excelente, tecnicamente perfeita e extremamente fiel a toda uma geração formada no inicio do século!

Direção: David Yates
Elenco: Daniel Radcliffe (Harry Potter), Ralph Fiennes (Voldermort), Emma Watson (Hermione Granger), Rupert Grint (Rony Weasley), Alan Rickman (Severo Snape), Michael Gambon (Alvo Dumbledore), Helena Bohan Carter (Belatriz) Maggie Smith (Minerva McGonagall).




terça-feira, 18 de janeiro de 2011

2011 (parte 4) - Cinema

E pra terminar o preview de cinema do ano de 2011, falarei de alguns filmes que é quase certeza eu assistir (alguns ja ate vi). A Lista é grande, então, falarei rapidinho de cada um deles. 

Entre os filmes que estrearam em 2010 nas terras gringas, mas por aqui só agora, considero importantes Cisne Negro, do diretor Darren Aronofski, e cotado para as premiações americanas (Oscar e demais premios), uma homenagem ao bailé e sobre o desejo de se tornar perfeito e suas consequencias. Um Lugar Qualquer, da diretora Sofia Coppola, vencedor do Festival de Veneza. O Discurso do Rei, com um elenco maravilhoso (Colin Firth, Guy Pearce, Geoffrey Rush e Helena Bohan Carter) e um roteiro bem legal promete ser um excelente filme. O Vencedor, outro filme com otimo elenco e ainda mais, possui uma atuação arrebatadora do Christian Bale. 127 Horas, baseado em fatos reais, o filme por inteiro é James Franco, que arrasa na interpretação, com um personagem digno.

Your Highness, o elenco!
Mais filmes geniais: Não me Abandone Jamais que tem no elenco a jovem atriz Carey Mulligan e o ator (sensação do momento) Andrew Garfield, além de Keira Knightley, alem disso, tem uma sinopse encatadora que fala sobre a obrigação de encarar os fatos do presente e do passado. Outro bem interessante, com uma sinopse ate surreal é o Upside Down, em que um garoto ir atras de uma garota que amava crescida na TV, porém, para encontrá-la, é obrigado e confrontar uma realidade alternativa que divide o mundo em dois, essa mistura de romance e ficção cientifica aguçou meu faro por este filme. Your Highness, uma comedia ironica dos epicos, que vem com um elenco primoroso, Natalie Portman, James Franco e Zooey Deschanel e um trailer bem agradavel. E no fim do ano, teremos um filme com um elenco que mais parece um presente de natal. New Year's Eve, que conta com Hilary Swank, Robert de Niro, Abigail Breslin, Michelle Pfeiffer, Sofía Vergara Aschton Kutcher e outros, com o roteiro tipico de vidas que se cruzam.
A Invasão do Mundo: Batalha de Los Angeles

Haverá tambem varias ficções científicas voltadas para os extraterrestres. Invasão do Mundo, Batalha de L.A. tem um trailer bem chamativo e poderoso, com uma fotografia meio parecida com Distrito 9, conta a estoria de um soldado que participa da batalha dos humanos contra os ETs. O filme sobre a Area 51 que conta a estoria de um grupo de pessoas que viajam à procura de um funcionario que possui informações osbre videos de experimentos em alienigenas. A comédia (que lembra um pouco Canguru Jack) Paul, sobre um Et que é encontrado na área 51 perdido, e pede ajuda para voltar para casa, nesse meio termo, paul faz diversas brincadeiras. Mas talvez, o mais esperado destes seja a nova ficção de J.J.Abrans, com produção de Steven Spilber, o filme misterioso Super 8, que com toda essa carga de suspense, mais um teaser trailer que nada diz so aumenta a anciedade em cima desse.

Tin Tin na silhueta clássica.
Os grandes diretores vêm com seus novos. Peter Jackson e Steven Spilberg nos presenteiam com As Aventuras de Tin Tin, um garoto reporter que viaja pelo mundo combatendo o crime com seu cachorro Milou. David Cronnemberg tambem lança um filme, A Dangerous Method, que contara com Viggo Mortensen mais uma vez, e narrará a biografia de Sigmund Freud e Carl Jung. Woody Allen voltando em seus filmes de comédia com Midnight in Paris e um elenco de respeito, com Marion Cotillard, Michael Sheen, Rachek McAdams, Carla Bruni e Owen Wilson. Talvez o diretor de maior poder sarcastico e de humor negro em atividade, Todd Solondz, lançara mais um filme em 2011, Dark Horse, que contará no elenco (de peso) Christopher Walken, Selma Blair, Mia Farrow e Jordan Gelber, e a sinopse (bem estilo Sollondz) é a de um homem adulto infantilizado que conhe uma mulher bem infantil como ele. Dark Horse é sem duvida nenhuma o filme mais aguardado por mim, que sou fã e Todd Solondz.

Por fim, alguns filmes nacionais que merece destaque. Raul Seixas - O Inicio, o Meio e o Fim que conta a biografia do grande cantor baiano, eu, como fã incondicional do cara, vou querer ver, mas como fã do que como cinéfilo. O Palhaço, do ator, diretor e reoteirista Selton Mello, que dificilmente faz algo ruim (exceções como Jean Charles), agora, narrara reflexões intimistas que o proprio ator teve em anos passados. E por fim, Carlos Saldanha ataca o Rio, animação que mostrara a beleza do Rio de Janeiro e da cultura do povo carioca, sempre com aquele humor visivel de A Era do Gelo.

Pois bem, aqui acaba minha lista para 2011 de filmes, e percebemos que sera um ano bom, com excelentes filmes, mas também, algumas tragedias questionaveis e irrevogaveis!!!!!!

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

2011 (parte 3) - Cinema

Terceira parte da lista de filmes para 2011. Agora, falaremos dos remakes, que nos últimos anos têm crescido muito. Entre eles estão: Footloose, Planeta dos Macacos, Let me In, Bravura Indômita, Poltergeist, Os Homens que não Amavam as Mulheres, A Noiva de Frankenstein e Os Três Mosqueteiros.

Remakes em sua maioria são desnecessários. Exemplo, pra que fazer um remake de Footloose, só pra atualzar, deixar mais moderno. Ridiculo, possibilitar sujar a imagem de um ótimo filme. Igual Planeta dos Macacos, Tim Burton em 1999 ja fez merda (e eu amo Tim Burton) fazendo o remake, agora, Rupert Wyatt (The Escapist) quer fazer um epílogo, os "fatos" de antes do primeiro filme. Brincadeira. Sem falar de Poltergeist, obra prima de Spilberg, um dos filmes mais assustadores da decada de 80*. Agora, fazer um filme melhor e mais assustador que o original é dificil hein e todos sabemos disso.

O pior quando fazem remake de outros países, como é o caso dos filmes suecos Deixe Ela Entrar (o Let Me In) e Os Homens que não Amavam as Mulheres. Porque americano não gosta de legendas, a única explicação de fazer um remake de um filme que há pouco tempo estava nos cinemas, porque a desculpa de reviver clássicos ou de torná-los mais modernos não cabe aqui.

Mas há remakes que talvez eu passe perto do cinema pra ver. Bravura Indômita (remake do faroeste de John Wayne de mesmo nome) por causa dos Irmãos Coen, que dificilmente me decepcionaram e sempre fizeram cinema de alta qualidade, acredito que eles nao errem, mas que dá medo dá. A Noiva de Frankenstein, também pelo seu diretor, Guilherme Del Toro, que apesar de ter feito um filme chato com Hellboy 2, ainda tem minha confiança pelos lindos filmes que fez, como o fodastico Labirinto do Fauno. E por fim, Os Tres Mosqueteiros, por acreditar que não seja um remake e sim uma nova releitura, mesmo assim, estarei com pé atras, o original ja não é tão bom assim, esse talvez me de arrepios.

Proximo texto será sobre os filmes que com certeza estarei no cinema pra curtir, filmes independentes e que me chamaram atenção pelo trailer e elenco.



errata:
*Havia colocado 90, mas meu amigo Marcel me corrigiu, agora ta la certo, decada de 80.

domingo, 16 de janeiro de 2011

2011 (parte 2) - Cinema

E continuando a lista de filmes de 2011, falarei um pouco sobre as continuações. No texto passado, ja comentei sobre 4 continuações, X-Men, Amanhecer, Harry Potter 7.2 e Transformers 3. Agora, citarei mais outras continuações, entre elas Piratas do Caribe 4, Panico 4, Premonição 5, Missão Impossível 4, Carros 2, Kung Fu Panda 2, Vovó Zona 3, Velozes e Furiosos 5, Se Beber não Case 2, Pequenos Espiões 4 e Sherlock Holmes 2.

Nossa, muitas continuações e a explicação é simples. A falta de originalidade em criar novos personagens e estórias somado ao carisma de personagens antigos e elenco fazem com que Hollywood recicle (aqui quer dizer, faça continuações infinitas) velhas estorias e personagens. Afinal, Piratas do Caribe 4 e Missão Impossivel 4 so chegaram ate o 4 pela simpatia dos personagens Jack Sparrow e Ethan Hurt. E eu assumo, verei os dois filmes por causa deles.

Piratas do Caribe 4 verei até com mais vontade, por estar de roupagem nova. A entrada de Penelope Cruz dá um gás a mais na serie e so aumenta a simpatia do elenco. 

Mas a outras continuações que passarei longe do cinema. Vovó Zona 3 é o caos, e agora não é apenas o Martin, filho do seu personagem também se fantasiara de mulher (!!!). Premonição 5 simplesmente copiara os roteiros passado, mudando apenas o local das mortes (¬¬). Pequenos Espiões 4 é o presente do Robert Rodriguez (Diretor que faz Sin City e Machete, cria Pequenos Espiões) para seus filhos, e só, só para os seus filhos, porque vai ser outra tristeza como Pequenos Espiões 3.

Os Elencos antigos voltam. Panico 4 volta com boa parte do elenco e mais seu diretor Wes Craven (foda), Velozes e Furiosos 5 volta com o elenco principal e coloca The Rock frente a frente com Vin Diesel (Musculos vs Musculos).

Se Beber Não Case e Sherlock Holmes voltam ao cinema pelo motivo de terem sido bem recebido pelo publico e ate pela critica. O primeiro é bem legal, e parece voltar com o mesmo estilo, um pouco humor negro, mas interessante com um roteiro bem divertido. O segundo conta com o carisma dos atores, Robert Downey Jr e Jude Law, e pelas mudanças na estoria original de Sherlock Holmes que agradou a muitos, porem, desagradou a outros.

E, por fim, as animações. Carros é um dos mais fracos da Pixar (mesmo assim é ótimo) e não entendo o porque da continuação, mas é Pixar e eu confio. Kung Fu Panda tem um personagem super fofo e carismatico e um roteiro ótimo, por isso, a continuação deve ter esse foco, no Panda e possuir uma estoria agradavel.

Ainda teremos alguns remakes, que comentarei na proxima parte, até lá.

sábado, 15 de janeiro de 2011

2011 (parte 1) - Cinema

Ontem estava eu passeando pelo blog do meu amigo Marcel Camp, Vem Aqui no Meu Blog, e resolvi escutar o BadernaCast, em que o assunto do tal era os lançamentos de filmes para 2011. Apartir disso, resolvi então fazer a minha visão sobre os lançamentos, nao só no cinema, mas também falarei dos grandes shows que ocorrerão este ano.


promete ser o pior
das adaptações
2011 é o ano das adaptações e continuações. Na parte das adaptações, teremos Lanterna Verde, Besouro Verde, Thor, Conan, Sucker Punch, Amanhecer, Harry Potter 7.2, X-Men Primeira Classe, Capitão América e Transformers 3. Sucker Punch, pelo excelente trailer, e pelo passado do seu diretor, Zack Snyder, o cara de 300 e Watchmen, que ja demonstrou conseguir unir excelente roteiro a um visual incrivel. Em oposição, Amanhecer, que pelo passado de sua série e pelo próprio livro, demonstra ser um dos piores desta lista. 


Ryan como Lanterna Verde
Lanterna Verde me lembrou muito o Quarteto Fantástico, pelo trailer, infelizmente, ja que o herói é simplesmente fantástico e merecia uma adaptação séria. Mesmo serve para Besouro Verde, que o protagonista é algo ridículo e bem bobo, o trailer não me animou. X-Men é um caso perdido, começou muito bem e foi piorando, este quarto filme, prelúdio da série promete ser o pior dos 4. 


Harry Potter é uma montanha russa, tem excelentes filmes e outros bem bobos, mas talvez esse, com a finalização da serie e pela riqueza dos detalhes, promete ser um dos excelentes. Nunca fui fã de Capitão América, então, um dos personagens mais bobos dos quadrinhos e o filme não deve mudar muito isso não. Thor é legal, o trailer bem interessante, visual bonito, o medo estar no roteiro, que nao me deu boa segurança, aparetando ser ma boa diversão. 
Conan e a sua cara feia má!

Conan ate ponho fé, o trailer demonstrou bem as características do personagem e o ator, apesar de não ser um Arnold da vida, mostrou uma boa aparência para o personagem. Não vejo Transformers 3, sem Megan Fox, o filme não tem nem qualidade visual mais.

Falarei mais na parte 2, sobre as continuações, que entre elas são Piratas do Caribe 4, Carros 2, Panico 4, Velozes e Furiosos 5, Kung Fu Panda 2, Se Beber não Case 2 e outras que não me recordo agora.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

A arte de Pixar

A maior empresa de animação gráfica do mundo. A maior produtora de filmes de animação do mundo. Vencedora de diversos Oscars. Pixar, que é um pseudo-verbo para em espanhol, com o sentido de fazer pixels.  Especialista em alta tecnologia gráfica e desenvolvedora do software de  renderização RenderMan, que descreve cenas tri-dimensionais e converte em imagens digitais de alta qualidade. 
RenderMan

O programa é a grande estrela atualmente, além de estar presente nos filmes da Pixar (Toy Story, Wall.e, Up, Vida de Inseto e outros), também faz parte de filmes live-action, como Harry Potter, King Kong, O Senhor dos Aneis, Batman, A Origem, Homem de Ferro e varios outros (Lista completa).
Pinguim no RenderMan

Mas Pixar não é apenas software, computação e efeitos. Além disso, o que torna a empresa um símbolo do Cinema e não só tecnologia, é a beleza no roteiro e nas tecnicas de suas animações. Simplesmente, não há um filme da Pixar que seja ingênuo ou bobo, ou que ridicularize as crianças. Seus filmes, com roteiros infantis, porém recheados de mensagens adultas.

Procurando Nemo
Desde de Toy Story, onde realiza o sonho de criança, de seus brinquedos poderem falar e se mexerem, Pixar aqui nos mostra temas como a união (vida de inseto), amizade (Toy story e Up), os problemas ambientais (Wall.e), o amor paterno (Procurando Nemo), as responsbilidades (Os Incriveis), respeito (Ratatouille).
Wall.e e o mundo literalmente um lixo

É Assim que a Pixar encantou todo um mundo, colocando risos nos rostos da criança e um pensamento inteligente em suas mentes. Ensinou valores, que dificilmente outra empresa de cinema pode ensinar em todos os seus filmes e, unanimidade, Pixar é a melhor empresa de animação do cinema, tanto como tecnologia, como em sentimentos.

Futuros filmes: Carros 2, Brave e Monstros S/A 2.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

A Sociedade Mecanica

Um método de aversão às coisas ruins, fazendo, o mais maligno ser humano, se torna, forçadamente, um respeitável cidadão. Tal criação, tem nome de Ludovico, ou, mais completo, o Método Ludovico, que em poucas palavras, tem como objetivo transformar pessoas ruins em pessoas boas, ignorando a filosofia do livre arbítrio.
O método consiste em assistir vários videos, com cenas de violência, tortura e estupro, sobre ação de medicamentos. Assim, durante todo o processo, o paciente (ou a vitima) vai sentindo enjôo do que vê, e após o fim do método, qualquer pensamento ou ação que remete às cenas dos videos assistidos, causará repulsão. Escute bem, causa repulsão, a pessoa continuara pensando e desejando agir daquela forma, por dentro, a pessoa continua a mesma. Tanto Burguess como Kubrick conseguiram expor uma belissima critica sobre tal ação, o primeiro no livro, o segundo, no filme. 
O que muitos poderiam achar um método milagroso para espantar a violência do mundo, se enganam, pelo simples motivo da violência se esconder dentro de nós e não a solta, como bem mostra Laranja Mecânica, na sua segunda parte.
Agora, parando um pouco para pensar, a nossa sociedade não esta tão diferente do Ludovico. Inventamos regras, que por algum motivo, acreditamos de fato ser o certo e impor aquilo, igual o método, que impõe o certo. Exemplos estão por todo lado, um deles seria os homossexuais, muitos tem medo de se assumir, por justamente sofrer opressão da sociedade, que impõe tais como errado. 
A vida humana se resume assim: você nasce, vai pra escola, deve passar em todos os anos e terminar o ensino médio antes dos 18 anos, caso contrario, você é considerado atrasado já que não é certo reprovar em alguma matéria. Depois, você é obrigado a passar no vestibular, deve fazer uma universidade, ter mestrado e talvez doutorado, caso contrario, não estará certo, se tornando um atrasado. Depois deverá trabalhar, ter um bom emprego, porque se não tiver um bom emprego, esta fracassando na vida, você deve estar entre os melhores.
Se estabilizar no ótimo emprego e ter uma excelente familia, se casar com uma pessoa (de sexo oposto ao seu) que tenha igual (ou parecida) situação econômica e ter filhos, educando-os maravilhosamente bem, colocando-os no melhor colégio, para que eles possam repetir todo o processo. Caso, alguma parte desse processo seja quebrado, o "ludovico da sociedade" entra em ação, oprime e praticamente força à pessoa a seguir aquele rumo. 
A moda é outro tipo de ludovico, as vezes você não sabe porque se veste daquele jeito, ou ate nem gosta, mas a sociedade lhe força a isso, a estar sempre na moda. A indústria da beleza por exemplo, ganha fortunas com essa regra, de estar sempre bonito (a) e elegante.
A pior parte, isso começa a se torna um sonho para as pessoas, o sonho de conseguir cumprir todo o processo, e a frustração de não conseguir, tornando-se uma sociedade totalmente mecânica e repetida.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Homo Sapiens Sapiens

É incrível como o homem, em sua total arrogância, se acha um ser superior aos outros animais. Isso pela simples razão de sermos racionais. Por termos descoberto o fogo lascando duas pedras, ou termos criado o comércio, a língua para nos comunicarmos, e a partir dai diversas ferramentas começaram a surgir. Começamos a observar o mundo ao nosso redor, a ver repetições nele, criamos modelos teóricos a base de uma ciência de números que nós mesmo inventamos (a Matemática), criamos a física e a química para entendermos melhor o que se passa ao nosso redor. Tambem fomos astutos na criação da política, das "cracias" e dos "ismos" da vida, modelos sócio-econômicos, escolhendo o melhor deles para viver (capitalismo ¬¬). Mas ainda assim, queriamos mais, o homem, levado a dois pecados iminentes (a arrogancia e o egoismo), queria dominar o mundo, criamos entao as guerras, do tao desejado fogo do começo da historia, virou-se a temida polvora; da tao astuta fisica e quimica, virou-se a brutal bomba atomica; da tão organizada politica, virou-se a tristeza da corrupção; e do brilhantismo dos modelos sócio-econômicos, virou-se em um só, o capitalismo, a imagem do egoísmo no espelho, que, como bem ja dizia renato russo "Mas nos deram espelhos E vimos um mundo doente". 
E não pára por ai, aperfeiçoamo a biologia, as nossas velhas tecnologias, salvamos vida, curamos "incuráveis" doenças, vivemos, em ano, mais, em vida, menos, pois, do que adiante viver séculos, se não há décadas de felicidades, apenas o sofrer. E sem stop na vida, o homem cria o computador, cria as máquinas e agora, a palavra criar entra em desuso, dando lugar ao desenvolve, desenvolve carros, maquinas, inteligência artificial, robôs, células, fecundação in vitro, tudo em nome do beneficio de uma vida melhor. Mas até quando será em pro do Bem maior, em que futuro, não tão distante, a criatividade humana (que convenhamos, enorme) nao tornara, tais feitos, simbolos de um Mal maior.
Ao fim do texto, me pergunto, será se de fato gostaria de ser um Homo Sapiens Sapiens, se, vendo os pássaros, com toda sua irracionalidade, vivendo em harmonia consigo mesmo e com a grande Natureza, vivendo por alguns poucos anos, mas vivendo, com gosto da felicidade, sem compromissos, sem "cracias" e "ismos", sem criações e desenvolvimentos, sem póliticas, sem fogo e pólvora, sem guerras, apenas vivendo, ao lado de quem ama, ao lado da Natureza, do amor e da total irracionalidade.

Agora respondam, somos superiores?

domingo, 9 de janeiro de 2011

Olhos nas Costas

Quem ao menos uma vez, não pensou como seria legal registrar tudo aquilo que você vê. Pois Wafaa Bilal, professor de fotografia da New York University teve a brilhante idéia instalar uma camera atras da sua cabeça.

                                   
Realizando o projeto The 3rd I (um trocadilho para O Terceiro Olho), o professor tira as fotos por onde passa, mesmo dentro de casa, dormindo ou nas ruas de Nova York. 

fonte: www.3rdi.me
É interessante ver o casamento entre tecnologia e arte. A camera, bem acoplada utilizando ferramentas de piercings, e claro, bem posicionada, para que possa registrar tudo como se de fato fosse um olho nas costas. Cada foto tirada, é enviada para o museu de Qatar, inaugurado no dia 30 de dezembro. 
Na New York University

Com muita criatividade e auxilio da tecnologia, Wafaa desenvolve um projeto artistico surpreendente e original. E o mais engraçado, resume bem o que foi e o que será daqui pra frente, a arte em associação a tecnologia, um novo, interessante, divertido e intrigante rumo para arte.

No site você pode ver mais fotos tiradas diariamente e em cada hora e o trajeto do profesor e de sua camera.