quinta-feira, 21 de julho de 2011

#001 Harry Potter e as Reliquias da Morte parte 2

ATENÇÃO ESSA CRITICA POSSUI SPOILERS, LEIA APENAS SE JA TIVER VISTO O FILME!!

Depois de 10 anos, termina uma das maiores sagas (em tempo mesmo), mais prestigiadas e bem feitas do cinema/literatura. Harry Potter terminou com um dos mais brilhantes capítulos da série, Harry Potter e as Reliquias da Morte parte 2.

O filme começa com o final da parte 1, Voldemort (Ralph Fiennes) roubando a varinha das varinhas no túmulo de Alvo Dumbledore (Michael Gambon). Ja nesse inicio, a montagem se mostra eficaz, com intercalações de fades, cenas do final da primeira parte, entre o trio Potter (Daniel Radcliffe), Rony (Rupert Grint) e Hermione (Emma Watson), e o furto da varinha. 

O visual continua típico, uma direção de arte extremamente fiel a criatividade da autora J.K.Rowling, fotografia se repete dos filmes anteriores, dando um tom mais esverdeado em cenas de teor mais sombrio, como o encontro entre Harry e Voldemort. Os efeitos especiais muito bem utilizados, sem estragar a estória e  devidamente postos nas cenas.

O filme é o mais ágil da serie, tendo nos primeiros minutos uma invasão ao banco de Belatriz para achar a horcruxes, escapando primeiro de objetos que se multiplicam ao toque e depois, fugindo, em dragões, de duendes. Toda essa agilidade é bem costurada pela montagem, que intercalando a cenas de ação que ocorrem ao longo do filme, agiliza a obra e não a deixa cansativa.

O elenco do filme continua sensacional. Alan Rickman e Michael Gambon, brilham cada um em suas cenas. Alan, como Snape, é o principal motivo para a emoção gerada na morte do personagem, alem de prosseguir psicologicamente (entende-se aqui, o iintrospectivo, frio, assustador e pensativo Snape) por toda a saga imutavel. 

Michael Gambon volta em uma das cenas mais reflexivas de toda a saga. Num diálogo entre Dumbledore e Harry Potter, uma das cenas mais lindas e expressivas do filme, e a unica cena (acredito que de toda a saga) com fotografia neblinada. Aqui, ha uma discussão sobre magia, sobre palavras e seus efeitos na sociedade, uma lição sobre escolhas.

Ralph Fiennes cria um vilão longe de estereotipos e clichês. Extremamente eficaz e por tras de uma excelente maquiagem (que ja merecia o oscar faz tempo) demonstra um controle sobre o personagem, transmitindo o sofrimento (após as destruições das horcraxes) e o prazer da vitória misturada com a realização (quando acredita ter matado Harry Potter), transformando assim, Voldemort, em um vilão bem desenvolvido, com uma psicologia, racionalidade e principalmente, um humano, e nao um monstro, como qualquer outro ator poderia transformar.

Mas, é David Yates o cara por tras da excelencia de Harry Potter.

Dirigindo a saga desde de A Ordem da Fenix, David so se aprimorou na saga, tornou-a extremamente adulta e finalizou excelente. Afinal, todo o filme é regido maravilhosamente bem, a trilha bem usada, expressando um pouco de saudosmismo em algumas partes. A intercalaçao de cenas entre de ação e as cenas aéreas (muito bem filmadas, algumas lmbrando Senhor dos Anéis, como a que Voldemort inicia o ataque e os bruxos lançam magia, similar às flechas dos elfos na obra de Peter Jackson), mesclando com pitadas de comedia (como a cena do Neville fugindo na ponte de um exercito temembroso de guerreiros de voldemort, ou a cena que Minerva fala "Sempre quis utilizar essa magica" após "recrutar" os guerreiros que protegem Hogwats) e de romance (aqui uma das cenas mais esperadas, o beijo entre Rony e Hermione, muito bem feito, sem melancolismo, depois da destruição de uma horcraxes, se beijam, provocado pela adrenalina gerada).

A saga termina excelente, tecnicamente perfeita e extremamente fiel a toda uma geração formada no inicio do século!

Direção: David Yates
Elenco: Daniel Radcliffe (Harry Potter), Ralph Fiennes (Voldermort), Emma Watson (Hermione Granger), Rupert Grint (Rony Weasley), Alan Rickman (Severo Snape), Michael Gambon (Alvo Dumbledore), Helena Bohan Carter (Belatriz) Maggie Smith (Minerva McGonagall).




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